O VALENTE NÃO É VIOLENTO: Defensoria realiza projeto com homens migrantes sobre masculinidade consciente

A oficina ocorreu das 8h às 11h30, no auditório da DPE 

Retomando as atividades com homens imigrantes, a DPE (Defensoria Pública do Estado) em parceria com as Organizações das Nações Unidas – ONU, por meio da ONU Mulheres, realizou nesta sexta-feira, 21, a oficina sobre masculinidade consciente chamada “Valente não é violento”. Este ano, o projeto tem como novidade trabalhar com atores humanitários, além de refugiados. A oficina ocorreu das 8h às 11h30, no auditório da DPE.  

“Essa vai ser mais uma rodada do “Valente não é violento”, destinado aos homens que estão nos abrigos da operação acolhida, cujo objetivo é fazer uma reflexão em torno da construção da masculinidade, e o reflexo disso nas situações de violência contra a mulher ou em violências baseadas em gênero, como violência doméstica e o próprio feminicídio”, diz o psicólogo da DPE, Ed' Luiz Chaves.

Nas palavras de Ed, a proposta da oficina é ser uma roda de conversa onde os homens serão estimulados a refletir em torno dessa masculinidade que é construída. Ao final, pensar em como isso impacta na relação do homem com a mulher e como o próprio machismo, essa construção atual mais tradicional de masculinidade na nossa sociedade, atinge o próprio homem.  

É feita duas oficinas com grupos diferentes, uma com os atores humanitários em um dia, e a outra com os migrantes e refugiados, mas sobre o mesmo tema. “Este ano, para o “Valente não é violento” trouxemos uma nova proposta, a gente fazia até 2019 só com a comunidade de migrantes e refugiados, mas a partir de dezembro do ano passado, a gente entendeu que seria interessante também trabalhar com os atores humanitários”, comentou a  gerente de Liderança e Participação em Ação Humanitária, Tamara Jurberg.

Segundo Tamara, a oficina com os atores humanitários é feita com uma perspectiva de formação de formadores, para eles serem multiplicadores dessa ideia, durante o dia-a-dia, no trabalho e no desenvolvimento das atividades que eles realizam. “A gente tem feito desde janeiro turmas com os militares, já que o contingente de militares é bem grande, quase 500 pessoas, divididas entre Boa Vista, Manaus e Pacaraima. Cada mês a gente vai ter na quinta-feira, uma turma com os militares e na sexta-feira, uma turma com os migrantes e refugiados, queremos não apenas fazer com os migrantes e refugiados, mas também com a comunidade acolhida, os brasileiros”, explica Tamara.

 

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