REPRESENTATIVIDADE: Roraima ganha Fórum Permanente de combate à violência de gênero

Até o momento, 24 entidades são representadas no grupo de trabalho

Um dos resultados positivos nas discussões sobre violência de gênero no âmbito institucional, obstétrico e doméstico, foi a criação do I Fórum Permanente Estadual de Combate à Violência de Gênero. A decisão foi tomada coletivamente por representantes de sindicatos, associações, ONGs, motivada pela DPE (Defensoria Pública do Estado) e pela UFRR (Universidade Federal de Roraima). Até o momento, 24 entidades são representadas, podendo esse número aumentar.

Conforme a chefe titular da Defensoria Especializada de Promoção e Defesa dos Direitos da Mulher, Terezinha Muniz, a primeira reunião do Fórum Permanente está agendada para o próximo dia 27. O local ainda será confirmado.

O ponto principal da pauta é organizar as primeiras ações do Fórum, a partir das propostas de continuidade do projeto que serão trazidas pelas 24 entidades membros.

“A criação do fórum é muito importante, porque o fórum acaba sendo um espaço de discussão das políticas públicas em atenção à violência contra as mulheres, da luta pela igualdade de direitos, e esse espaço de debate tem que ter continuidade”, frisou Terezinha.

Segundo o professor da UFRR, Marcos Braga, o Fórum Permanente envolve a sociedade civil, movimentos sociais e populares, sindicatos e instituições governamentais, sejam elas do Poder Executivo, Legislativo ou Judiciário. “É um espaço de debate, mas também é um espaço propositivo”, resumiu.

O antropólogo ainda complementou dizendo que o Fórum pretende tornar-se uma rede de acesso e trará muitos resultados importantes. “Assim como temos a Casa da Mulher Brasileira, enquanto espaço que oferta os serviços para vítimas de violência, o Fórum buscará ser um espaço de proposição de políticas públicas no combate à violência contra a mulher e demais minorias”, mencionou Braga.

Marcos esclareceu que será um espaço de coletividade que não deverá ser burocratizado, senão perderia a essência de um espaço coletivo de discussão e de debate. Além disso, o evento propôs que fossem formadas mais pessoas, possibilitando a educação continuada de agentes públicos que estão na rede e precisam ter os conhecimentos atualizados sobre os tipos de violência.

METODOLOGIA: A professora da UFRR, Mara Maia, explica que o Projeto segue agora para sua segunda fase, na qual serão organizadas as atividades a serem desenvolvidas pelos representantes do Fórum Permanente. "Nessa fase, é importante a interação metodológica de cada atividade, podendo ser rodas de conversa, oficinas, seminários. Enfim, são modalidades que serão decididas no encontro do dia 27", informou.

Além disso tudo, segundo Mara, "o importante é que cada organização dialogue com a sociedade de maneira que possibilite uma comunicação entre os diversos segmentos para criar um ambiente interligado, que contribua para uma mudança cultural a respeito do tema".

 

ASCOM DPE (095) 3623-1615

 

Top