DIREITO À MORADIA: 500 moradores do bairro Cruviana pedem interlocução da Defensoria para quitar parcelas de financiamento

Moradores do bairro Cruviana se reuniram nesta segunda-feira (21) para solicitar ajuda junto à Defensoria Pública do Estado. Em visita a associação do bairro, o Defensor público Stélio Dener ouviu as reivindicações dos moradores que apresentaram dificuldade em pagar as mensalidades do programa Minha Casa, Minha Vida.

Segundo os moradores, a Caixa Econômica Federal bloqueou os contratos antes do vencimento das parcelas e eles alegam que não conseguem mais pagar.

Conforme a Presidente da Associação, Ester Pereira Rodrigues, a Caixa Econômica transferiu a posse dos contratos das residências do bairro para uma empresa privada.

De acordo com ela, os moradores estão recebendo ligações cobrando o pagamento do valor integral das mensalidades e os juros por atraso, o que supera o valor de R$ 500 reais.

Ainda de acordo com a presidente, mais de 500 pessoas estão sendo prejudicadas por não conseguir dar continuidade aos pagamentos das parcelas dos imóveis. O contrato assinado junto a Caixa estabelece que o morador deve pagar uma porcentagem do valor total das mensalidades por 120 meses, o que representa cerca de 10 anos, e o excedente é pago pelo governo federal. Ao finalizar os 12 meses a residência terá custado cerca de 39 mil.

Na oportunidade, ficou acertado que a Defensoria Pública representará a comunidade em uma ação extrajudicial com a Caixa Econômica. “A Defensoria entrará em contato com a superintendência e gerência da Caixa Econômica em Roraima, que são responsáveis pelos contratos, e conversará no sentido de fazer uma conciliação amigável entre a Caixa e os moradores do Cruviana”, disse o defensor público-geral, Stélio Dener.

A Presidente da Associação ainda mostrou preocupação com a retirada do subsídio do Governo, pois, segundo ela, o valor da mensalidade se tornaria alto. “Eu espero resposta o mais rápido possível para passar o retorno para os moradores. O nosso prazo de 10 anos para pagamento finaliza dia 30 de junho e o quanto antes tiver resposta é melhor para nós. De cerca de mil moradores, 500 estão sendo prejudicados, pois não liberam as parcelas para pagamento. Nós não queremos ficar sem pagar, nós queremos pagar”, enfatizou.

 

ASCOM DPE

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