VIOLÊNCIA CONTRA MULHER: “ Em momento nenhum o homem se vê como pessoa abusiva”, diz defensora

Mesa redonda discutiu violência contra mulher em Roraima

O seminário é uma das iniciativas alusivas ao Agosto Lilás

 Violência de gênero foi o tema da mesa redonda “Quadro atual e os desafios para o enfrentamento a violência de Gênero-mulher-vulneráveis em Roraima: Sistema de direitos humanos, assistência social, segurança e justiça ”, realizada nesta sexta-feira (13), no auditório do Corpo de Bombeiros de Roraima.

A realização do evento foi organizada pela Secretaria de Estado do Trabalho e Bem Estar (SETRABES) e pela Coordenação Estadual de Políticas Públicas para as Mulheres de Roraima (CEPPM), com apoio da Rede Estadual de Atendimento à Mulher e Casa da Mulher Brasileira, como parte da programação da DPERS alusiva ao mês de conscientização pelo fim da violência contra mulher.

O Seminário teve como objetivo discutir a violência de gênero no estado de Roraima e propor políticas públicas de combate a todas as formas de violência, além de promover uma análise de fatores que influenciam para o atual cenário de violência no estado e somar esforços para superar os desafios.

O evento teve como público-alvo entidades ligadas ao combate à violência de gênero. Na mesa redonda participaram representantes da Assembleia Legislativa de Roraima, Associação das Travestis e Transexuais de Roraima, Defensoria Pública de Roraima, Fundo de População das Nações Unidas, Ministério Público Especializado, Secretaria de Segurança Pública do Estado, Secretaria Municipal de Gestão Social e Tribunal de Justiça de Roraima.

Terezinha Muniz, defensora titular da Especializada de Promoção e de Defesa dos Direitos da Mulher, esteve presente no encontro representando a DPE/RR e defendeu a criação de políticas de combate a violência contra mulheres e a criação de programas reflexivos para homens com a finalidade de conscientizar sobre o racismo. “Na questão do homem, precisamos implementar políticas que trabalhem o machismo. A mulher não se enxerga vítima de violência, mas o homem em momento nenhum se vê como uma pessoa abusiva. Para muitos o comportamento violento e machista é considerado natural”, disse.

Ela prosseguiu reiterando que é necessário mobilizar a sociedade, inclusive as mulheres, para despertar para a questão da reprodução dos abusos. Terezinha afirmou que o acolhimento é crucial para que as mulheres saiam do ciclo de violência. “Nós reproduzimos muito a violência. É preciso que os órgãos do sistema de justiça, incluindo a Defensoria Pública, estejam aparelhados e preparados para o atendimento de modo eficiente das vítimas e garantindo de modo integral os seus direitos humanos para que possam somar nessa luta incansável”, disse.

 

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